CELEBRAÇÃO DO DIA DO CATEQUISTA – 2025
A VOCAÇÃO DO CATEQUISTA NASCE DO CORAÇÃO DE JESUS
ROTEIRO DA CELEBRAÇÃO
1. ACOLHIDA
Dirigente: Queridos catequistas, é muito bom poder encontrá-los para essa celebração. A presença de cada um de vocês é motivo de grande alegria. Vamos iniciar nosso encontro em nome da Santíssima Trindade, grande modelo de amor e de comunhão para todos nós:
Todos: Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém!
Dirigente: O saudoso Papa Francisco, na Carta Encíclica DILEXIT NOS sobre o amor humano e divino do coração de Jesus, no capítulo II, nos ensina que “o Coração de Cristo simboliza o centro pessoal de onde brota o seu amor por nós, é o núcleo vivo do primeiro anúncio”.
Leitor 1: É nesse coração amoroso de Jesus que deve se ancorar a vocação de todo catequista. A nossa proximidade e a intimidade com o coração de Jesus devem tornar nossos corações semelhantes ao Dele.
Todos: Jesus, manso e humilde de coração, fazei o nosso coração semelhante ao Vosso.
Dirigente: “O modo como Cristo nos ama é algo que Ele não quis explicar-nos exaustivamente. Mostra-o nos seus gestos” (DN, n. 33). Por isso precisamos estar atentos aos gestos e palavras de Jesus, os quais refletem a ternura do seu coração.
Todos: Jesus, manso e humilde de coração, fazei o nosso coração semelhante ao Vosso.
Leitor 2: Jesus está sempre à procura, sempre próximo, sempre aberto ao encontro. O Evangelho está permeado desses gestos de ternura e proximidade.
Dirigente: “Contemplamos isto quando o Senhor se detém a conversar com a Samaritana, junto do poço onde ela ia buscar água (cf. Jo 4, 5-7). Vemo-lo quando, no meio da noite escura, encontra Nicodemos, que tinha medo de ser visto perto d’Ele (cf. Jo 3, 1-2). Admiramo-lo quando, sem se envergonhar, deixa que uma prostituta lhe lave os pés (cf. Lc 7, 36-50); quando diz, olhos nos olhos, à mulher adúltera: “Não te condeno” (Jo 8, 11); ou quando, perante a indiferença dos discípulos, diz afetuosamente ao cego do caminho: “Que queres que te faça?” (Mc 10, 51). (DN, n. 35)
Todos: Cristo mostra que Deus é proximidade, compaixão e ternura.
Leitor 1: Quantas coisas precisamos aprender com o Senhor, para transformar nossos corações e tornarmo-nos realmente catequistas segundo o coração de Jesus. Por isso queremos fazer essa celebração orante do Dia do Catequista, imbuídos na certeza de que a oração é uma das bases que nos sustentará na caminhada de conversão do coração, rumo ao Ministério de Catequista. Quando nos colocamos em diálogo com o Senhor, suas palavras fazem arder os nossos corações.
2. A PALAVRA DE DEUS NOS ILUMINA:
Dirigente: Nesse momento vamos dar início ao nosso momento orante, acolhendo a vela.
Canto: Óh, luz do Senhor, que vem sobre a terra, inunda meu ser, permanece em nós.
Leitor 2 - À luz da fé, olhemos para a chama dessa vela, que está em movimento contínuo. O fogo transforma, traz a luz e o calor, é um dos símbolos do Espírito Santo. Vamos invocar o Espírito Santo para transformar nossos corações e iluminar esse momento de oração.
Canto – Vem Espírito Santo, vem, vem iluminar... (ou outro a definir)
Dirigente: Vamos nos preparar para a Leitura Orante da Palavra de Deus fazendo um exercício breve de silenciamento.
LEITURA ORANTE:
· PRIMEIRO PASSO (LEITURA):
Dirigente: Nesse momento você deve fazer a seguinte pergunta: "O que o texto diz?"
Ouça atentamente o texto bíblico e procure gravar as palavras que mais te chamarem a atenção:
Leitor 1 – Lc 24, 13-35
· SEGUNDO PASSO (MEDITAÇÃO):
Dirigente: A pergunta agora é: O que o texto diz para mim (ou para nós)?
Neste segundo passo, você entra em diálogo com o texto, associando a Palavra de Deus à sua vida. Ouça novamente o texto bíblico, procurando perceber o que a Palavra de Deus diz para você, a fim de transformar o seu modo de ver a realidade.
Leitor 2 – Lc 24, 13-35
· TERCEIRO PASSO (ORAÇÃO):
Dirigente: É o momento de responder a Deus, de mergulhar mais profundamente no diálogo com o Senhor! A oração nasce como fruto da meditação. O caminho de escuta da Palavra feito até aqui fez arder nossos corações e nos leva a dar uma resposta a Deus.
O que o texto me faz responder ao Senhor? (instante de silêncio)
· QUARTO PASSO (CONTEMPLAÇÃO):
Dirigente: É momento de contemplar na vida aquilo que rezamos e contemplar o caminho que o Senhor fez e faz conosco a cada dia. A contemplação é a luz que sobrou nos seus olhos depois que terminou a leitura, a meditação e a oração e que faz com que você comece a ver o mundo e a vida com os olhos de Deus.
As perguntas agora são:
• Qual o novo olhar que se abriu em mim depois da leitura orante? (instante de silêncio)
• Como tudo aquilo que foi lido, meditado e rezado me ajudará a viver plenamente? (instante de silêncio)
• Quais desafios se abrem diante de mim? Que compromisso essa Palavra suscitou em meu coração? (instante de silêncio)
· PARTILHA:
Dirigente: Conversem por uns instantes sobre a experiência vivida com a Leitura Orante, partilhando o que Deus suscitou nos corações. (instantes)
Canto: Fica conosco, Senhor (ou outro a definir)
3. REZAR COM A PALAVRA:
Dirigente: Agora coloque mais uma vez a mão no seu coração de catequista. Sinta as batidas desse coração. Como ele estava quando você chegou aqui? E como ele está agora? (instante)
Leitor 1: Nesse momento queremos pedir que o Senhor olhe para nós com a sua ternura e a sua misericórdia. Vamos apresentar a Ele os vários tipos de coração que batem no peito dos catequistas.
Leitor 2 – Vamos acolher o Coração de pedra, que é áspero e duro, no entanto é rocha firme e segura no trabalho incansável pelo anuncio do Evangelho.
Canto: Eis o que eu venho te dar, eis o que ponho no altar, toma Senhor que ele é teu, meu coração não é meu.
Dirigente: Senhor, faz arder nossos corações de pedra, para continuarmos a anunciar o Evangelho com firmeza e incansavelmente.
Todos: Jesus, manso e humilde de coração, fazei o nosso coração semelhante ao Vosso.
Leitor 1: Vamos receber agora o Coração de pano, feito de fios moles e entrelaçados, mas que se tornam agasalhos para os frágeis e conforto a tantos irmãos.
Canto: Eis o que eu venho te dar, eis o que ponho no altar, toma Senhor que ele é teu, meu coração não é meu.
Dirigente: Senhor, faz arder nossos corações de pano, para continuarmos a ser conforto e proximidade para tantos irmãos fragilizados.
Todos: Jesus, manso e humilde de coração, fazei o nosso coração semelhante ao Vosso.
Leitor 2 – Vamos acolher o Coração de madeira, que nos lembra o lenho da cruz, do qual pendeu a Salvação do mundo.
Canto: Eis o que eu venho te dar, eis o que ponho no altar, toma Senhor que ele é teu, meu coração não é meu.
Dirigente: Senhor, faz arder nossos corações de madeira, para prosseguirmos tomando a cruz de cada dia e te seguindo com alegria e entusiasmo.
Todos: Jesus, manso e humilde de coração, fazei o nosso coração semelhante ao Vosso.
Leitor 1: Vamos receber agora o Coração de vidro, que nos lembra a transparência que devemos ter em nosso modo de ser e agir. Esse coração revela o desejo de viver com coerência e autenticidade.
Canto: Eis o que eu venho te dar, eis o que ponho no altar, toma Senhor que ele é teu, meu coração não é meu.
Dirigente: Senhor, faz arder nossos corações de vidro, para que vivamos nossa vocação com coerência e autenticidade.
Todos: Jesus, manso e humilde de coração, fazei o nosso coração semelhante ao Vosso.
Leitor 2 – Vamos acolher o Coração de espinho, que foi ferido, mas contínua a espalhar amor, apesar da dor; assim como fez Jesus ao receber a coroa de espinhos.
Canto: Eis o que eu venho te dar, eis o que ponho no altar, toma Senhor que ele é teu, meu coração não é meu.
Dirigente: Senhor, faz arder nossos corações de espinho, para que deixemos que das nossas feridas brote somente amor.
Todos: Jesus, manso e humilde de coração, fazei o nosso coração semelhante ao Vosso.
Leitor 1: Vamos receber agora o Coração de tijolo, que recorda a vida em comunidade. Somos parte da Igreja, dessa edificação instituída pelo próprio Cristo, para continuar sua missão no mundo. Não estamos sozinhos na missão catequética. Caminhamos junto com os membros das outras pastorais, movimentos, associações e organismos. Queremos tornar concreto o desejo de Jesus de sermos um como Ele e o Pai são um.
Canto: Agora é tempo de ser Igreja, caminhar juntos, participar.
Dirigente: Senhor, faz arder nossos corações de tijolo, para que sejamos uma Igreja sinodal, na qual todos têm voz e vez e cada um se sente comprometido com a missão evangelizadora da Igreja.
Todos: Jesus, manso e humilde de coração, fazei o nosso coração semelhante ao Vosso.
Leitor 2 – Vamos acolher o Coração de algodão, que é muito fino e delicado, mas é fundamental para ajudar a limpar as feridas dos irmãos. Queremos viver a mansidão e a delicadeza de nos colocarmos sempre ao lado dos que se encontram machucados por tantas situações dolorosas da vida.
Canto: Eis o que eu venho te dar, eis o que ponho no altar, toma Senhor que ele é teu, meu coração não é meu.
Dirigente: Senhor, faz arder nossos corações de algodão, para que saibamos limpar as feridas dos irmãos com ternura e delicadeza.
Todos: Jesus, manso e humilde de coração, fazei o nosso coração semelhante ao Vosso.
Leitor 1: Vamos receber agora o Coração de papel, presente no peito de quem é capaz de deixar Deus escrever uma linda história em sua própria vida, na alegria da entrega total ao Senhor.
Canto: Eis o que eu venho te dar, eis o que ponho no altar, toma Senhor que ele é teu, meu coração não é meu.
Dirigente: Senhor, faz arder nossos corações de papel, para que saibamos nos colocar a serviço, deixando-nos conduzir nos caminhos de Tua vontade.
Todos: Jesus, manso e humilde de coração, fazei o nosso coração semelhante ao Vosso.
Leitor 2 – Vamos acolher o Coração de manteiga, que se derrete com facilidade, sabe se compadecer com os outros e também se encantar com as alegrias e qualidades dos irmãos.
Canto: Eis o que eu venho te dar, eis o que ponho no altar, toma Senhor que ele é teu, meu coração não é meu.
Dirigente: Senhor, faz arder nossos corações de manteiga, para que saibamos nos compadecer dos irmãos em todas as situações desafiadoras pelas quais passam nos caminhos da vida cotidiana.
Todos: Jesus, manso e humilde de coração, fazei o nosso coração semelhante ao Vosso.
Leitor 1 – Vamos receber agora o Coração florido, representando o nosso desejo de florescer onde Deus nos plantar.
Canto: Eis o que eu venho te dar, eis o que ponho no altar, toma Senhor que ele é teu, meu coração não é meu.
Dirigente: Senhor, faz arder nossos corações floridos, para que saibamos deixar florescer o melhor de nós, a fim de que sejamos capazes de colocar nossos dons a serviço da comunidade aonde for mais necessário.
Todos: Jesus, manso e humilde de coração, fazei o nosso coração semelhante ao Vosso.
Canto: Meu coração é para ti Senhor
4. VIVER A PARTIR DA PALAVRA
Dirigente: Agora vamos contemplar todos esses corações por uns instantes. Com qual deles seu coração se identifica mais? (instante)
Leitor 1: A Palavra de Deus nos diz que “A boca fala daquilo que o coração está cheio”. Sobre o que você anda falando? Do que seu coração está cheio?
Leitor 2: Nesse instante renove seu compromisso com o Senhor, a partir dessa celebração. Que gesto concreto você vai assumir para dar passos de conversão do coração, a fim de ser um(a) catequista segundo o coração de Jesus?
Dirigente: Maria guardava no seu Coração Imaculado todas as coisas vividas no relacionamento de intimidade com Deus. Peçamos que ela nos ajude a guardar toda a história linda que vivemos até aqui com o Senhor, a partir da missão catequética.
Todos: Ave Maria...
Canto: Consagração à Nossa Senhora
5. ENCERRAMENTO
Dirigente: Antes de voltarmos para nossas casas, vamos nos abraçar para celebrar nossa fraternidade e nossa vocação.
Canto final: Eis-me aqui Senhor ou outro a definir
Só o verdadeiro pode ser belo. Uma falsa alegria nunca será bela, a menos que todos saibam que não há nela verdade. Nesse caso, sim, até pode manifestar uma beleza admirável.
Uma dor profunda não tem outra beleza que não a de nos fazer viajar para o mais íntimo da nossa alma, onde tudo é belo. Assim, quando algo nos fere, faz-nos mais humanos e, portanto, mais belos, porque mais verdadeiros.
A felicidade eleva-nos. O sofrimento revela-nos a profundidade da existência, bem como as raízes com que nos unimos aos outros.
Hoje evita-se a tristeza, a doença, a perda, o sofrimento, a morte – tudo o que aponta para a fragilidade da existência. Nada disso faz parte daquilo que hoje costuma ser partilhado. Por isso, quando algum de nós experimenta algo mau, ainda tem de o fazer sozinho. Dor em cima de dor. Só porque o mundo ensina que é feio tudo quanto não causa inveja.
Para sermos belos é essencial sermos bons. Devemos ser sensíveis às necessidades do outro, tomando-as como nossas. Amando sem nos preocuparmos em agradar a ninguém.
A mais sublime beleza é a dos que se distinguem, nunca a dos que se fazem notar.
A tristeza é bela porque é essencial à felicidade. Aponta-nos a verdade do que somos na fragilidade do que temos.
Esta vida a que chamamos nossa foi-nos dada, com todas as incertezas que decorrem também de sermos livres.
Pode a vida ser triste? Sim. Mas se for vivida com verdade, então será sempre bela e admirável.
José Luis Nunes Martins
in: imissio.net 27.06.2025
Pe. Gruen e a Catequese
Faleceu, hoje, aos 97 anos, Padre Wolfgang Gruen, SDB.
Pe. Gruen foi professor de Sagrada Escritura e de Catequética na PUC-MG e no ISTA em BH, durante muitos anos. Formou várias gerações de padres e religiosos. Foi membro do Grecat (Grupo de Reflexão Catequética) da CNBB. Ele participou das equipes que elaboraram o Documento Catequese Renovada (1983) e o atual Diretório Nacional de Catequese (2007). Escreveu vários livros e artigos sobre catequese, formação de catequistas, Bíblia e catequese, Catecismo da Igreja Católica. Deu grande contribuição para o Ensino Religioso Escolar, além de ser grande defensor do diálogo ecumênico e inter-religioso.
Assessorou a catequese do Regional Leste 2, por longo tempo. Ele era uma referência, um grande consultor que acompanhava os passos que dávamos no caminho de uma catequese mais bíblica, mais cristocêntrica, mais iniciática.
Foi professor do IRPAC, Instituto Regional de Pastoral Catequética do Regional Leste 2 da CNBB.
Era um homem simples, sem vaidades. Sempre acompanhou uma comunidade, numa grande favela de BH, onde fica a paróquia dos salesianos. Tinha pés no chão. Acompanhou vários grupos de catequistas e o drama da formação dos mesmos.
Era uma biblioteca ambulante. Lia muito, estava sempre atualizado. Há poucos anos foi falar sobre “Medellin e a Catequese” para um grupo de alunos da Especialização em Catequética do Regional Leste 2. Contou em detalhes o que houve naquele contexto e o que foi aprovado naquele documento tão importante (1968). Tinha uma memória gigantesca! Olhando para ele pensei: é uma grande vela já quase no fim, mas com uma chama mais forte que tudo.
Não há palavras para nomear o significado do Pe. Gruen. É uma grande perda! Vou lembrando aos poucos e aos pedaços o que Pe. Gruen foi e fez. É difícil expressar e resumir tudo o que este homem significa. Hoje é um dia triste-belo. Triste porque ele se foi, belo porque ele existiu e foi grande servidor da Palavra de Deus, da Catequese e do Ensino Religioso.
Hoje, fui lembrando dele sempre com a Bíblia na mão, durante as aulas, ouvido atento para escutar o que os alunos estavam descobrindo, respeitando a todos, mesmo se a resposta não fosse a correta. Dia atravessado pela saudade e pelo testemunho desse homem, grande cristão, religioso e padre que soube se dar a vida inteira.
Lucimara Trevizan
Comissão para Animação Bíblico-Catequética do Regional Leste 2 da CNBB
30 de outubro de 2024
A Comissão Episcopal para a Animação Bíblico-Catequética da CNBB divulgou a programação oficial da Romaria Nacional de Catequistas, que acontece de 30 de agosto a 1º de setembro, em Aparecida (SP), no Santuário Nacional de Nossa Aparecida.
A celebração de abertura, com a renovação das promessas batismais, está programada para às 9h da sexta-feira, dia 30 de agosto. As conferências do primeiro dia serão voltadas às temáticas “Olhar a realidade e os sinais dos tempos” e um “ABC da Iniciação à Vida Cristã”. Na parte da tarde serão feitas reflexões sobre o Querigma e o Catecumenato.
No segundo dia, 31 de agosto, o encontro terá início com a leitura orante da Palavra, às 8h30, e a conferência será sobre “purificação e iluminação”. Também serão realizadas celebração penitencial e confissões individuais nesse dia. Já na parte da tarde, os catequistas ouvirão partilhas sobre as experiências de IVC pelo Brasil e refletirão sobre o tema da Mistagogia.
O último dia da Romaria, 1º de setembro, contará com uma conferência sobre “catequese, mídias digitais e inteligência artificial”. Em seguida, os participantes terão contato com projetos comuns para a Igreja no Brasil em torno da Iniciação à Vida Cristã.
A Romaria será encerrada com a missa de abertura do Mês da Bíblia, que este ano tem como lema “Porei em vós meu espírito, e vivereis” e traz reflexões a respeito do Livro de Ezequiel para as comunidades de todo o Brasil.
fonte: site da CNBB
Nos nossos encontros de catequese, a grande finalidade é levar ao conhecimento dos catequizandos o primeiro anúncio do Evangelho. Possibilitar a eles conhecerem, acolher, celebrar e vivenciar o mistério de Deus, manifestado em Jesus Cristo. Quem se encontra com Jesus, o Mestre que nos revela o Pai e envia o Espírito Santo, não tem outra escolha senão segui-lo e anunciá-lo.
Os catequistas, pessoas de fé e testemunhas do Cristo, percorrem, juntamente com os catequizandos, o caminho de fé, ajudando-os com os ensinamentos do mestre, agindo como ele agia com seus discípulos, ensinando a prática das boas relações fraternas e testemunhando o amor.
Não podemos nos esquecer de algumas atitudes que nos ajudam em nosso “ser catequista” para com os nossos catequizandos:
-Somos todos chamados por Deus a esta missão. Assim se faz necessário buscar a formação adequada, de forma continuada, para bem exercer a nossa missão em resposta ao chamado de Deus.
-Estar de bem com a vida e ser capaz de criar relações fraternas em todos os ambientes, num agir em que transparece a vida, o amor, a paz e o perdão em sintonia mais firme e coerente com Deus, assumindo valores que humanizam a vida de todos.
-Fazer-se presente num processo de formação de uma nova cultura onde homens e mulheres se empenham em construi-la de forma a permitir uma maior realização humana;
-Estar de bem com a vida, respeitando e ajudando a desenvolver a pluridimensionalidade da pessoa humana, sua autonomia e abertura ao outro e a Deus, uma cultura marcada pelo respeito à consciência de cada um, pela tolerância.
-Estar aberta, à diferença e multiculturalidade, na solidariedade com toda a criação, pela rejeição das injustiças e por uma nova sensibilidade para com os pobres. É nessa nova cultura que se faz presente o nosso agir, a exemplo do mestre.
-Alimentar-se da Palavra de Deus e da Eucaristia. Conhecer bem a Palavra de Deus, na Bíblia e na vida; conhecer a espinha dorsal de toda a escritura, que é o desejo de Deus de amar e salvar a humanidade. Ele, que se faz sempre presente, se comunica conosco ao longo dos tempos, faz aliança e manda seu próprio Filho para revelar seu imenso amor por todos nós;
-Ele, o Filho, que se faz Eucaristia para todos. Na leitura e na escuta da Palavra sempre encontramos orientações para a vida, serenidade e força para dizer sim ao chamado de Deus. Sentimo-nos impulsionados para dedicarmos à causa de Jesus Cristo, com seu Espírito; discernimos melhor o sentido da vida. Nesse encontro com Deus podemos crescer em coragem, serenidade e sabedoria que vem da fé.
-Colocar na prática da vida os ensinamentos da fé. O Papa Francisco está sempre nos exortando a não assumirem uma posição pessimista diante das dificuldades presentes, nem uma posição de resistência e isolamento.
-Ele, o Papa Francisco, nos chama a unirmos nossas forças com todos aqueles que desejam ser construtores do desenvolvimento do homem integral.
Neuza Silveira de Souza
Coordenadora do Secretariado Arquidiocesano Bíblico-Catequético de Belo Horizonte.
Catequizar é fazer ecoar a Palavra de Deus a todos que desejarem ouvir. Assim, “O catequista é, de certo modo, o intérprete da Igreja junto aos catequizandos e à comunidade. Ele lê e ensina ler os sinais da fé, entre os quais o principal é a própria Igreja” (DCG 35).
O Catequista desenvolve um verdadeiro ministério, um serviço à comunidade cristã, sustentado por um especial carisma de Espírito de Deus. Ao anunciar a Palavra de Deus ele ajuda a comunidade a interpretar criticamente, os acontecimentos da vida, proporcionando-lhes a reflexão sobre a fé. Na Palavra encontramos o verdadeiro amor de Deus direcionado a cada pessoa. Um amor que para nós, não basta apenas saber dele, mas experimentá-lo. Crer e experimentar o amor de Deus de Deus por nós. Um amor incondicional porque Deus é amor. Ele não exige que façamos antes algo para merecer sua atenção. Ele nos ama primeiro, nos escolhe para dar frutos. Nossa resposta a esse amor é testemunhá-lo ao mundo.
Uma boa forma de comunicação do catequista junto à comunidade é feita pelo testemunho, pois uma boa comunicação supõe uma experiência de vida na fé e de fé capaz de chegar ao coração daquele a quem se catequiza. Assim, o compromisso de evangelizar em nome da Igreja, na função de intérpretes da mesma, deve ser como o de Cristo: um compromisso com os mais necessitados (Lc 4,16-21). O Filho de Deus demonstrou a grandeza deste compromisso ao fazer-se homem, pois se identificou com os homens, tornando-se um deles e tornando-se solidário com eles.
Jesus, ao iniciar a sua comunicação/missão, segundo o Evangelista Lucas, ele lança seu projeto de vida quando lê nas Escrituras a passagem de Is. 61,1-2: “O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me ungiu para evangelizar os pobres; enviou-me para proclamar a remissão aos presos e aos cegos a recuperação da vista, para restituir a liberdade aos oprimidos e para proclamar um ano de graça do Senhor”. Ao terminar de ler estas palavras disse aos que ali estavam em uma escuta atenta: “Hoje se cumpriu aos vossos ouvidos essa passagem da Escritura”. Com estas palavras, Jesus assume em sua vida as Escrituras.
Assim também, nós catequistas, ao levarmos o anúncio da Palavra aos nossos catequizandos, devemos assumi-la como projeto de vida, para se fazer cumprir, antes de tudo, as exigências da justiça. Exigências estas que se caracterizam na preferência aos pobres. E aos catequizandos, devemos ajudá-los a assumir as atitudes de Cristo e se sentirem Igreja, experimentando-a como lugar de comunhão e participação, contribuindo para sua edificação.
É tarefa do catequista apresentar os meios para ser cristão e mostrar a alegria de viver o Evangelho” O Catequista é um pedagogo e um mistagogo de Deus. Diz o Papa Francisco que o catequista é também um especialista na arte de acompanhamento (EG n. 169-173). É um acompanhador e um educador por excelência. Em virtude da fé e da unção batismal e como servo da ação do Espírito Santo ele é, ainda, testemunha da fé e guardião da memória de Deus.
Para que o catequista assim possa exercer suas tarefas do anúncio evangélico, torna-se importante participar das Escolas Catequéticas que são oferecidas a todos, em vários níveis, oferecendo uma formação que além de desenvolver a capacitação didática e técnica do catequista, contribui para a vivência pessoal e comunitária da fé e seu compromisso com a transformação do mundo. É a prática da interação fé e vida.
Segundo o Papa Francisco, “ser catequista é uma vocação porque se compromete com a vida, guia-se para o encontro com Cristo, através das Palavras e da vida, através do testemunho”. Segundo ele, muitas vezes pensa no catequista como naquele que se pôs ao serviço da Palavra de Deus, que frequenta diariamente essa Palavra para fazê-la tornar-se alimento e assim poder comunica-la aos demais com eficácia e credibilidade.
O catequista sabe que essa Palavra é “viva” (Hb 4,12), pois constitui a regra de fé da Igreja (cf. Conc. Vat. II, Dei Verbum, 21; Lumen gentium, 15).
Ele pede aos catequistas que não se esqueçam, sobretudo hoje num contexto de indiferença religiosa, de que a sua palavra é um primeiro anúncio, que chega a tocar o coração e a mente de muitas pessoas que estão à espera de encontrar Cristo.
Neuza Silveira de Souza. Coordenadora do Secretariado Arquidiocesano Bíblico-catequético de Belo Horizonte
CELEBRAÇÃO DO DIA DO CATEQUISTA – 2024
Roteiro para o catequista (simplificado para impressão)
A ORAÇÃO SUSTENTA A VOCAÇÃO DO CATEQUISTA
1. ACOLHIDA
Dirigente: Queridos catequistas, é muito bom poder encontrá-los para essa celebração. A presença de cada um de vocês é motivo de grande alegria. Vamos iniciar nosso encontro em nome da Santíssima Trindade, grande modelo de amor e de comunhão para todos nós:
Todos: Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém!
Dirigente: O Papa Francisco convocou toda a Igreja a fazer de 2024 um ano de oração em preparação ao Jubileu 2025, que nos convidará a sermos “Peregrinos da Esperança”.
Leitor 1: E já no prefácio aos Cadernos sobre a Oração que o Dicastério para a Evangelização preparou para 2024, o Santo Padre nos recorda que “em nosso tempo sentimos, cada vez mais forte, a necessidade de uma verdadeira espiritualidade, capaz de responder às grandes indagações que surgem diariamente em nossa vida”.
Dirigente: E o Papa Francisco segue nos alertando que “precisamos de que a nossa oração suba com maior insistência ao Pai, para que ouça a voz daqueles que se voltam a Ele na confiança de serem atendidos”.
Leitor 1: Por isso queremos fazer essa celebração orante do Dia do Catequista, imbuídos na certeza de que a oração é a base que nos sustentará na caminhada para o Ministério de Catequista e que Deus, nosso Pai, nos ouve com amor e misericórdia.
Dirigente: Então, para dar início ao nosso momento orante, vamos acompanhar uma história, que nos recorda a nossa VOCAÇÃO.
A MULHER VELA
Dirigente: Era uma vez, uma mulher chamada VELA, que cansada das trevas que lhe circundavam a existência, resolveu abrir-se à luz. Seu desejo, seu grande sonho era receber a luz.
Dirigente: Certo dia, a LUZ verdadeira, que ilumina todo homem, chegou com sua presença e a contagiou, a incendiou!!!
Dirigente: VELA sentiu-se feliz por haver recebido a luz que dissipa as trevas e dá segurança aos corações. De repente deu-se conta de que o fato de receber a Luz trazia não somente alegria, mas também grande exigência. Sim, tomou consciência de que para a permanência da luz em si, ela devia ser alimentada a partir do interior, através de um derreter-se diário, um permanente consumir-se. Então, sua alegria adquiriu nova dimensão, um sentido mais profundo, pois, compreendeu que sua vocação era “consumir-se ao serviço da Luz”. Aceitou em plena consciência a nova vocação. a vocação de CATEQUISTA.
Dirigente: Às vezes, VELA pensava que teria sido mais cômodo não haver recebido a luz, pois, em vez de um doloroso derreter-se, sua vida seria ‘estar por aí’ tranquilamente. Ela chegou à tentação de não mais alimentar a chama, de deixar morrer a Luz para não se sentir tão incômoda. Mas então VELA se deu conta de que é preciso tomar a cruz e seguir Jesus.
Dirigente: VELA percebeu também que no mundo existem muitas correntes de ar que tentam apagar a Luz. E, à exigência que havia aceitado de alimentar a Luz, a partir do interior, uniu o chamado a defendê-la de certos ventos que circulavam pelo mundo...
Dirigente: Além disso, a Luz que trazia consigo, permitiu que VELA olhasse mais facilmente ao seu redor e acabou se dando conta da existência de muitas velas apagadas.
Dirigente: Umas velas permaneciam apagadas porque nunca tinham tido a oportunidade de receber a Luz; outras, por medo de derreter-se; e as demais porque não puderam defender-se do vento. Então, VELA interrogou-se, muito preocupada: “Será que eu poderei acender outras velas?”. E, pensando nisso, descobriu mais um aspecto da profundidade de sua VOCAÇÃO – ser “APÓSTOLA DA LUZ”.
Dirigente: VELA então dedicou-se a acender velas de todas as características, tamanhos e idades, para que houvesse muita luz no mundo.
Canto: Óh Luz do Senhor, que vem sobre a terra, inunda meu ser, permanece em nós
Dirigente: A cada momento, crescia no coração de VELA o entusiasmo, a alegria e a esperança, porque, no seu derreter-se dia-a-dia, no seu permanente consumir-se, encontrava por toda parte velas de diversos tipos: velas jovens, velas mulheres, velas homens, velas recém-nascidas, velas crianças, velas catequizandos - e, todas acesas!!!
Mas ao pressentir que se aproximava o seu fim, porque havia se consumido totalmente ao serviço da Luz, VELA gritou com voz forte e com profunda expressão de satisfação no rosto:
Mulher VELA: Jamais morrerei porque outras velas sempre arderão com a LUZ que espalhei - pois essa LUZ é JESUS!!!
Canto: Sim eu quero ou Dentro de mim existe uma luz
2. A PALAVRA DE DEUS NOS ILUMINA:
Dirigente: Agora, segurando nossas velas acesas, vamos ficar em pé para acolher a Palavra de Deus:
Canto de aclamação – Palavras de salvação ou outro a definir
Leitor 1: Vós sois o sal da terra. Se o sal perde o sabor, com que lhe será restituído o sabor? Para nada mais serve senão para ser lançado fora e calcado pelos homens. Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade situada sobre uma montanha nem se acende uma luz para colocá-la debaixo do alqueire, mas sim para colocá-la sobre o candeeiro, a fim de que brilhe a todos os que estão em casa. Assim, brilhe vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem vosso Pai que está nos céus. (Mt 5,13-16)
Dirigente: Façamos um instante de silêncio para que a Palavra penetre em nossos corações e renovemos nosso propósito de corresponder a esse desejo de Jesus – de sermos sal da terra e luz do mundo!
Dirigente: Vamos apagar nossas velas e fazer um momento de partilha. Conversem em duplas sobre o que mais chamou a atenção no Evangelho que foi proclamado e também na história da Mulher Vela.
3. REZAR COM A PALAVRA:
Dirigente: O Papa Francisco, através do Motu Proprio Antiquum Ministerium, pelo qual instituiu o Ministério de Catequista, certamente desejou reacender em cada catequista a chama da própria VOCAÇÃO.
Leitor 1: Queremos ser “Apóstolos da Luz”, levando a Palavra de Deus a tantos que necessitam da Luz do Senhor. Queremos nos comprometer a ter os olhos fixos na cruz, para testemunhar que ela não foi o fim, mas a vida venceu a morte e o Senhor Ressuscitado caminha ao nosso lado todos os dias, dando o verdadeiro sentido para a vida humana.
Dirigente: Durante o rito de instituição do Ministério de Catequistas, os instituídos recebem a Bíblia e a cruz, justamente para não perder de vista o que o trouxe até ali e que o Papa Francisco nos ensina com muita clareza: “este ministério possui um forte apelo vocacional e convém que para este serviço estável prestado à Igreja local sejam chamados homens e mulheres de fé profunda e maturidade humana, que tenham participação ativa na vida da comunidade cristã, sejam capazes de acolhimento, generosidade e vida de comunhão fraterna” (AM 8).
Leitor 1: Esses catequistas também precisam receber a devida formação para serem solícitos comunicadores da verdade de fé.
Dirigente: Então já percebemos que para que possamos ir forjando todos esses critérios que o Papa apresenta em nosso modo de “ser catequistas”, precisamos estar profundamente alicerçados na Palavra de Deus.
Leitor 1: Maria, mulher que alicerçou a vida na Palavra, é um exemplo para todo catequista. Por isso queremos entrar na “escola de Maria” para aprender com ela a ouvir e praticar tudo que o Senhor nos diz.
Dirigente: Nesse momento vamos rezar uma dezena do Rosário. Antes de cada Ave Maria, vamos meditar por uns instantes sobre uma característica fundamental no processo de preparação para a instituição do Ministério de Catequista, associando essa característica com um versículo bíblico, que nos ajudará a assumi-la com coragem e entusiasmo. Deixemos que a Palavra de Deus seja a luz dos nossos caminhos.
Leitor 1: VOCAÇÃO: “Eis aqui a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a tua Palavra”. (Lc 1,26-38).
Todos: Ave Maria...
Leitor 2: DISCIPULADO: “Fazei tudo o que Ele vos disser”. (Jo 2,1-11)
Todos: Ave Maria...
Leitor 3: EXPERIÊNCIA COM O SENHOR: “Mestre, onde moras? Vinde e vede”. (Jo 1,35-51)
Todos: Ave Maria...
Leitor 4: CENTRALIDADE DA PALAVRA: “Por causa de tua Palavra, lançarei a rede”. (Lc 5,1-11)
Todos: Ave Maria...
Leitor 5: VIDA DE COMUNIDADE: “Então Jesus chamou os doze e começou a enviá-los, dois a dois”. (Mc 6,7-13)
Todos: Ave Maria...
Leitor 6: COMPROMETIMENTO: “Dai-lhes vós mesmos de comer”. (Mc 6,30-44)
Todos: Ave Maria...
Leitor 7: ESPIRITUALIDADE: “Se conhecesses o dom de Deus, e quem é que te diz: Dá-me de beber, certamente lhe pedirias tu mesma e ele te daria uma água viva”. (Jo 4, 5-30.39-42)
Todos: Ave Maria...
Leitor 8: SERVIÇO: “Se eu, vosso Senhor e Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar-vos os pés uns dos outros”. (Jo 13,1-17)
Todos: Ave Maria...
Leitor 9: CAMINHO: Não ardia o nosso coração quando Ele nos falava pelo caminho e nos explicava as Escrituras? (Lc 24,13-35)
Todos: Ave Maria...
Leitor 10: MISSÃO: “Ide e fazei que todas as nações se tornem discípulos, batizando-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo e ensinando-as a observar tudo quanto vos ordenei. E eis que estarei convosco todos os dias, até o fim do mundo”. (Mt 28, 16-20)
Todos: Ave Maria...
Dirigente: Finalizando a dezena, vamos rezar a Oração que Jesus nos ensinou.
Todos: Pai Nosso... Glória ao Pai...
Canto: Pelas estradas da vida (ou outro a definir)
4. VIVER A PARTIR DA PALAVRA
Dirigente: Nesse momento vamos pedir ao Senhor que nos ajude a viver a partir daquilo que a Palavra suscitou em nossos corações, em relação a cada uma das características que vimos na dezena do Rosário. Convido os mesmos leitores da dezena a fazerem as preces:
Leitor 1: Senhor, queremos te agradecer pela nossa VOCAÇÃO de catequistas. Ajuda-nos a renovar a cada dia a nossa adesão ao teu projeto de amor e serviço na Catequese, te pedimos:
Todos: Senhor, escutai a nossa prece.
Leitor 2: Senhor, dá-nos ouvidos de DISCÍPULOS, para que estejamos sempre abertos para escutar a tua Palavra, a fim de colocá-la em prática, te pedimos:
Todos: Senhor, escutai a nossa prece.
Leitor 3: Senhor, ajuda-nos a refazer a EXPERIÊNCIA de estar na tua presença, como fizeram os primeiros discípulos, para que possamos aprender contigo as lições do Reino, te pedimos:
Todos: Senhor, escutai a nossa prece.
Leitor 4: Senhor, quando as dificuldades, o desânimo e o cansaço afligirem nossos corações, não nos deixe esquecer que é POR CAUSA DE TUA PALAVRA que devemos continuar a lançar as redes com perseverança, te pedimos:
Todos: Senhor, escutai a nossa prece.
Leitor 5: Senhor, que saibamos compreender a riqueza e a alegria de podermos caminhar juntos, valorizando a PERTENÇA COMUNITÁRIA que nos fortalece na missão, te pedimos:
Todos: Senhor, escutai a nossa prece.
Leitor 6: Senhor, que estejamos dispostos a assumir nossa missão com entusiasmo e empenho, conscientes de que a vocação de catequista requer de nós COMPROMETIMENTO e responsabilidade, te pedimos:
Todos: Senhor, escutai a nossa prece.
Leitor 7: Senhor, que em nossa caminhada na Catequese nunca descuidemos do cultivo da ESPIRITUALIDADE, te pedimos:
Todos: Senhor, escutai a nossa prece.
Leitor 8: Senhor, que no desempenho de nossa missão na Catequese nunca percamos de vista a lição do SERVIÇO, te pedimos:
Todos: Senhor, escutai a nossa prece.
Leitor 9: Senhor, que tua Palavra nos desinstale e nos coloque a CAMINHO, na direção daqueles que mais precisam, te pedimos:
Todos: Senhor, escutai a nossa prece.
Leitor 10: Senhor, que teu mandato missionário nos impulsione a anunciar a tua Palavra sem medo e que sejamos fortalecidos pela certeza da tua presença na MISSÃO, te pedimos:
Todos: Senhor, escutai a nossa prece.
5. ENCERRAMENTO (confraternização)
Dirigente: Antes de voltarmos para nossas casas, vamos nos abraçar para celebrar nossa fraternidade e nossa vocação.
Canto final: Eis-me aqui Senhor ou outro a definir
CELEBRAÇÃO DO DIA DO CATEQUISTA – 2024
A ORAÇÃO SUSTENTA A VOCAÇÃO DO CATEQUISTA
PREPARAÇÃO PRÉVIA:
A) Material necessário para a encenação da história da Mulher Vela:
· Túnica
· Vela média (para a “Mulher Vela”)
· Círio Pascal ou vela grande
· Fósforo
· Velas pequenas para todos os participantes
· Bíblia
· Cruz
· Cartazes com as palavras: Catequista, Apóstolo da Luz, medo, desânimo, cansaço, comodismo
· Fita adesiva
Obs.: Para a encenação da história é preciso escolher antecipadamente as pessoas que vão participar, a fim de que possam fazer um ensaio antes.
B) Material necessário para a dezena do Rosário:
Preparar 10 cartazes com as características do catequista e os respectivos versículos bíblicos (se desejarem):
1 - VOCAÇÃO: “Eis aqui a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a tua Palavra”. (Lc 1,26-38).
2 - DISCIPULADO: “Fazei tudo o que Ele vos disser”. (Jo 2,1-11)
3 - EXPERIÊNCIA COM O SENHOR: “Mestre, onde moras? Vinde e vede”. (Jo 1,35-51)
4 - CENTRALIDADE DA PALAVRA: “Por causa de tua Palavra, lançarei a rede”. (Lc 5,1-11)
5 - VIDA DE COMUNIDADE: “Então Jesus chamou os doze e começou a enviá-los, dois a dois”. (Mc 6,7-13)
6 - COMPROMETIMENTO: “Dai-lhes vós mesmos de comer”. (Mc 6,30-44)
7 - ESPIRITUALIDADE: “Se conhecesses o dom de Deus, e quem é que te diz: Dá-me de beber, certamente lhe pedirias tu mesma e ele te daria uma água viva”. (Jo 4, 5-30.39-42)
8 - SERVIÇO: “Se eu, vosso Senhor e Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar-vos os pés uns dos outros”. (Jo 13,1-17)
9 - CAMINHO: Não ardia o nosso coração quando Ele nos falava pelo caminho e nos explicava as Escrituras? (Lc 24,13-35)
10 - MISSÃO: “Ide e fazei que todas as nações se tornem discípulos, batizando-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo e ensinando-as a observar tudo quanto vos ordenei. E eis que estarei convosco todos os dias, até o fim do mundo”. (Mt 28, 16-20)
C) Roteiro:
Providenciar cópias do roteiro simplificado da celebração para todos os participantes.
D) Ambiente:
Preparar o ambiente com um painel de acolhida, uma mesa com um vaso de flores e um local onde se possa colocar, após a encenação da história, a Bíblia, a vela grande e a cruz.
E) Confraternização final:
· Se possível, organizar uma partilha de doces, salgados e refrigerantes para o final da celebração.
· Pensar em algum cartão ou lembrancinha para ser entregue a cada catequista no final.
ROTEIRO DA CELEBRAÇÃO (COMPLETO)
1. ACOLHIDA
(Acolher os participantes com entusiasmo, expressando alegria pela presença de cada um).
Dirigente: Queridos catequistas, é muito bom poder encontrá-los para essa celebração. A presença de cada um de vocês é motivo de grande alegria. Vamos iniciar nosso encontro em nome da Santíssima Trindade, grande modelo de amor e de comunhão para todos nós:
Todos: Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém!
Dirigente: O Papa Francisco convocou toda a Igreja a fazer de 2024 um ano de oração em preparação ao Jubileu 2025, que nos convidará a sermos “Peregrinos da Esperança”.
Leitor 1: E já no prefácio aos Cadernos sobre a Oração que o Dicastério para a Evangelização preparou para 2024, o Santo Padre nos recorda que “em nosso tempo sentimos, cada vez mais forte, a necessidade de uma verdadeira espiritualidade, capaz de responder às grandes indagações que surgem diariamente em nossa vida”.
Dirigente: E o Papa Francisco segue nos alertando que “precisamos de que a nossa oração suba com maior insistência ao Pai, para que ouça a voz daqueles que se voltam a Ele na confiança de serem atendidos”.
Leitor 1: Por isso queremos fazer essa celebração orante do Dia do Catequista, imbuídos na certeza de que a oração é a base que nos sustentará na caminhada para o Ministério de Catequista e que Deus, nosso Pai, nos ouve com amor e misericórdia.
Dirigente: Então, para dar início ao nosso momento orante, vamos acompanhar uma história, que nos recorda a nossa VOCAÇÃO.
A MULHER VELA
Dirigente: Era uma vez, uma mulher chamada VELA, que cansada das trevas que lhe circundavam a existência, resolveu abrir-se à luz. Seu desejo, seu grande sonho era receber a luz.
(entra uma catequista de túnica e segurando uma vela apagada – ela representará a mulher vela na história)
Dirigente: Certo dia, a LUZ verdadeira, que ilumina todo homem, chegou com sua presença e a contagiou, a incendiou!!!
(outra pessoa entra com o Círio aceso e acende a vela da ‘mulher vela’)
Dirigente: VELA sentiu-se feliz por haver recebido a luz que dissipa as trevas e dá segurança aos corações. De repente deu-se conta de que o fato de receber a Luz trazia não somente alegria, mas também grande exigência. Sim, tomou consciência de que para a permanência da luz em si, ela devia ser alimentada a partir do interior, através de um derreter-se diário, um permanente consumir-se. Então, sua alegria adquiriu nova dimensão, um sentido mais profundo, pois, compreendeu que sua vocação era “consumir-se ao serviço da Luz”. Aceitou em plena consciência a nova vocação. a vocação de CATEQUISTA.
(entra alguém com a palavra CATEQUISTA e cola na túnica da mulher vela, entregando-lhe a Bíblia – em alusão à Bíblia que será entregue na instituição do Ministério de Catequista)
Dirigente: Às vezes, VELA pensava que teria sido mais cômodo não haver recebido a luz, pois, em vez de um doloroso derreter-se, sua vida seria ‘estar por aí’ tranquilamente. Ela chegou à tentação de não mais alimentar a chama, de deixar morrer a Luz para não se sentir tão incômoda. Mas então VELA se deu conta de que é preciso tomar a cruz e seguir Jesus.
(entra alguém e entrega uma cruz para a mulher vela – em alusão à cruz que será entregue na instituição do Ministério de Catequista)
Dirigente: VELA percebeu também que no mundo existem muitas correntes de ar que tentam apagar a Luz. E, à exigência que havia aceitado de alimentar a Luz, a partir do interior, uniu o chamado a defendê-la de certos ventos que circulavam pelo mundo...
(entram duas pessoas e tentam colar na mulher vela algumas palavras: medo, desânimo, cansaço, comodismo, mas a mulher vela não deixa que as palavras sejam coladas)
Dirigente: Além disso, a Luz que trazia consigo, permitiu que VELA olhasse mais facilmente ao seu redor e acabou se dando conta da existência de muitas velas apagadas.
(Vela olha para o grupo, que já está com velas nas mãos).
Dirigente: Umas velas permaneciam apagadas porque nunca tinham tido a oportunidade de receber a Luz; outras, por medo de derreter-se; e as demais porque não puderam defender-se do vento. Então, VELA interrogou-se, muito preocupada: “Será que eu poderei acender outras velas?”. E, pensando nisso, descobriu mais um aspecto da profundidade de sua VOCAÇÃO – ser “APÓSTOLA DA LUZ”.
(alguém cola as palavras “Apóstola da luz” na túnica da mulher vela)
Dirigente: VELA então dedicou-se a acender velas de todas as características, tamanhos e idades, para que houvesse muita luz no mundo.
(a mulher vela vai acendendo as velas dos catequistas – enquanto cantam)
Canto: Óh Luz do Senhor, que vem sobre a terra, inunda meu ser, permanece em nós
Dirigente: A cada momento, crescia no coração de VELA o entusiasmo, a alegria e a esperança, porque, no seu derreter-se dia-a-dia, no seu permanente consumir-se, encontrava por toda parte velas de diversos tipos: velas jovens, velas mulheres, velas homens, velas recém-nascidas, velas crianças, velas catequizandos - e, todas acesas!!!
Mas ao pressentir que se aproximava o seu fim, porque havia se consumido totalmente ao serviço da Luz, VELA gritou com voz forte e com profunda expressão de satisfação no rosto:
Mulher VELA: Jamais morrerei porque outras velas sempre arderão com a LUZ que espalhei - pois essa LUZ é JESUS!!!
Canto: Sim eu quero ou Dentro de mim existe uma luz
2. A PALAVRA DE DEUS NOS ILUMINA:
Dirigente: Agora, segurando nossas velas acesas, vamos ficar em pé para acolher a Palavra de Deus:
Canto de aclamação – Palavras de salvação ou outro a definir
Leitor 1: Vós sois o sal da terra. Se o sal perde o sabor, com que lhe será restituído o sabor? Para nada mais serve senão para ser lançado fora e calcado pelos homens. Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade situada sobre uma montanha nem se acende uma luz para colocá-la debaixo do alqueire, mas sim para colocá-la sobre o candeeiro, a fim de que brilhe a todos os que estão em casa. Assim, brilhe vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem vosso Pai que está nos céus. (Mt 5,13-16)
Dirigente: Façamos um instante de silêncio para que a Palavra penetre em nossos corações e renovemos nosso propósito de corresponder a esse desejo de Jesus – de sermos sal da terra e luz do mundo! (instante de silêncio)
Dirigente: Vamos apagar nossas velas e fazer um momento de partilha. Conversem em duplas sobre o que mais chamou a atenção no Evangelho que foi proclamado e também na história da Mulher Vela. (instante para conversarem)
3. REZAR COM A PALAVRA:
Dirigente: O Papa Francisco, através do Motu Proprio Antiquum Ministerium, pelo qual instituiu o Ministério de Catequista, certamente desejou reacender em cada catequista a chama da própria VOCAÇÃO.
Leitor 1: Queremos ser “Apóstolos da Luz”, levando a Palavra de Deus a tantos que necessitam da Luz do Senhor. Queremos nos comprometer a ter os olhos fixos na cruz, para testemunhar que ela não foi o fim, mas a vida venceu a morte e o Senhor Ressuscitado caminha ao nosso lado todos os dias, dando o verdadeiro sentido para a vida humana.
Dirigente: Durante o rito de instituição do Ministério de Catequistas, os instituídos recebem a Bíblia e a cruz, justamente para não perder de vista o que o trouxe até ali e que o Papa Francisco nos ensina com muita clareza: “este ministério possui um forte apelo vocacional e convém que para este serviço estável prestado à Igreja local sejam chamados homens e mulheres de fé profunda e maturidade humana, que tenham participação ativa na vida da comunidade cristã, sejam capazes de acolhimento, generosidade e vida de comunhão fraterna” (AM 8).
Leitor 1: Esses catequistas também precisam receber a devida formação para serem solícitos comunicadores da verdade de fé.
Dirigente: Então já percebemos que para que possamos ir forjando todos esses critérios que o Papa apresenta em nosso modo de “ser catequistas”, precisamos estar profundamente alicerçados na Palavra de Deus.
Leitor 1: Maria, mulher que alicerçou a vida na Palavra, é um exemplo para todo catequista. Por isso queremos entrar na “escola de Maria” para aprender com ela a ouvir e praticar tudo que o Senhor nos diz.
Dirigente: Nesse momento vamos rezar uma dezena do Rosário. Antes de cada Ave Maria, vamos meditar por uns instantes sobre uma característica fundamental no processo de preparação para a instituição do Ministério de Catequista, associando essa característica com um versículo bíblico, que nos ajudará a assumi-la com coragem e entusiasmo. Deixemos que a Palavra de Deus seja a luz dos nossos caminhos.
(Motivar o grupo para que aqueles que desejarem, leiam a característica do catequista e o versículo bíblico. Para esse momento também podem ser preparados cartazes com as características e os versículos bíblicos, para que os 10 catequistas que forem ler, segurem na frente do grupo)
Leitor 1: VOCAÇÃO: “Eis aqui a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a tua Palavra”. (Lc 1,26-38).
Todos: Ave Maria...
Leitor 2: DISCIPULADO: “Fazei tudo o que Ele vos disser”. (Jo 2,1-11)
Todos: Ave Maria...
Leitor 3: EXPERIÊNCIA COM O SENHOR: “Mestre, onde moras? Vinde e vede”. (Jo 1,35-51)
Todos: Ave Maria...
Leitor 4: CENTRALIDADE DA PALAVRA: “Por causa de tua Palavra, lançarei a rede”. (Lc 5,1-11)
Todos: Ave Maria...
Leitor 5: VIDA DE COMUNIDADE: “Então Jesus chamou os doze e começou a enviá-los, dois a dois”. (Mc 6,7-13)
Todos: Ave Maria...
Leitor 6: COMPROMETIMENTO: “Dai-lhes vós mesmos de comer”. (Mc 6,30-44)
Todos: Ave Maria...
Leitor 7: ESPIRITUALIDADE: “Se conhecesses o dom de Deus, e quem é que te diz: Dá-me de beber, certamente lhe pedirias tu mesma e ele te daria uma água viva”. (Jo 4, 5-30.39-42)
Todos: Ave Maria...
Leitor 8: SERVIÇO: “Se eu, vosso Senhor e Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar-vos os pés uns dos outros”. (Jo 13,1-17)
Todos: Ave Maria...
Leitor 9: CAMINHO: Não ardia o nosso coração quando Ele nos falava pelo caminho e nos explicava as Escrituras? (Lc 24,13-35)
Todos: Ave Maria...
Leitor 10: MISSÃO: “Ide e fazei que todas as nações se tornem discípulos, batizando-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo e ensinando-as a observar tudo quanto vos ordenei. E eis que estarei convosco todos os dias, até o fim do mundo”. (Mt 28, 16-20)
Todos: Ave Maria...
Dirigente: Finalizando a dezena, vamos rezar a Oração que Jesus nos ensinou.
Todos: Pai Nosso... Glória ao Pai...
Canto: Pelas estradas da vida (ou outro a definir)
4. VIVER A PARTIR DA PALAVRA
Dirigente: Nesse momento vamos pedir ao Senhor que nos ajude a viver a partir daquilo que a Palavra suscitou em nossos corações, em relação a cada uma das características que vimos na dezena do Rosário. Convido os mesmos leitores da dezena a fazerem as preces:
Leitor 1: Senhor, queremos te agradecer pela nossa VOCAÇÃO de catequistas. Ajuda-nos a renovar a cada dia a nossa adesão ao teu projeto de amor e serviço na Catequese, te pedimos:
Todos: Senhor, escutai a nossa prece.
Leitor 2: Senhor, dá-nos ouvidos de DISCÍPULOS, para que estejamos sempre abertos para escutar a tua Palavra, a fim de colocá-la em prática, te pedimos:
Todos: Senhor, escutai a nossa prece.
Leitor 3: Senhor, ajuda-nos a refazer a EXPERIÊNCIA de estar na tua presença, como fizeram os primeiros discípulos, para que possamos aprender contigo as lições do Reino, te pedimos:
Todos: Senhor, escutai a nossa prece.
Leitor 4: Senhor, quando as dificuldades, o desânimo e o cansaço afligirem nossos corações, não nos deixe esquecer que é POR CAUSA DE TUA PALAVRA que devemos continuar a lançar as redes com perseverança, te pedimos:
Todos: Senhor, escutai a nossa prece.
Leitor 5: Senhor, que saibamos compreender a riqueza e a alegria de podermos caminhar juntos, valorizando a PERTENÇA COMUNITÁRIA que nos fortalece na missão, te pedimos:
Todos: Senhor, escutai a nossa prece.
Leitor 6: Senhor, que estejamos dispostos a assumir nossa missão com entusiasmo e empenho, conscientes de que a vocação de catequista requer de nós COMPROMETIMENTO e responsabilidade, te pedimos:
Todos: Senhor, escutai a nossa prece.
Leitor 7: Senhor, que em nossa caminhada na Catequese nunca descuidemos do cultivo da ESPIRITUALIDADE, te pedimos:
Todos: Senhor, escutai a nossa prece.
Leitor 8: Senhor, que no desempenho de nossa missão na Catequese nunca percamos de vista a lição do SERVIÇO, te pedimos:
Todos: Senhor, escutai a nossa prece.
Leitor 9: Senhor, que tua Palavra nos desinstale e nos coloque a CAMINHO, na direção daqueles que mais precisam, te pedimos:
Todos: Senhor, escutai a nossa prece.
Leitor 10: Senhor, que teu mandato missionário nos impulsione a anunciar a tua Palavra sem medo e que sejamos fortalecidos pela certeza da tua presença na MISSÃO, te pedimos:
Todos: Senhor, escutai a nossa prece.
5. ENCERRAMENTO
(Se for possível, preparar uma confraternização, com um momento de partilha e entregar uma lembrancinha a cada catequista)
Dirigente: Antes de voltarmos para nossas casas, vamos nos abraçar para celebrar nossa fraternidade e nossa vocação.
Canto final: Eis-me aqui Senhor ou outro a definir
Comissão para Animação Bíblico-Catequética - CNBB - 2024
Recolhe-te e encontra no silêncio tempo para pensares, depois começa a fixar palavras numa folha de papel que expressem o que há em ti de mais profundo. Devagar, pois a mão não acompanha a velocidade do pensamento, antes o obriga a abrandar, permitindo que reflitas e saboreies cada frase.
É bom entregar o que temos de mais íntimo a Deus, de forma ponderada, mais ainda se o fazemos como se estivéssemos a depositar um tesouro num esconderijo. A verdade é que arrancar palavras da tristeza e das preocupações resulta num alívio e numa paz sem igual, como se, ao partilhá-las, nos livrássemos de parte delas.
Escreve a verdade. A tua verdade. Ainda que não seja a verdade de mais ninguém. Os teus sonhos mais loucos, mas também os teus anseios mais simples.
Quase todos temos um coração que ainda não envelheceu… é bom deixá-lo ser livre e escutá-lo com atenção.
Escrever uma oração permite-nos visitar partes de nós que costumamos manter fechadas. Como se percorrêssemos o museu do nosso íntimo. Profundo, rico e único.
Escreve uma oração que não imite nenhuma outra. Escreve-a de tal forma tua que ninguém a consiga imitar.
Deixa nascer em ti o que, como um fogo, se eleva até ao céu. Purifica-te, queimando em ti egoísmos, orgulhos e demais impurezas.
Agradece. Pede perdão. Pede ajuda. Medita. Entrega o teu silêncio. Entrega-te, como se te oferecesses aos braços do amor que te fez existir.
Lembra-te do que foste, do que és e do que queres ser… escreve-o para que o possas ler e assim te sentires ainda mais comprometido. Obriga-te a ser tão bom quanto te é possível, fixando objetivos nobres, confiando que és capaz de os alcançar, apesar de todos os sacrifícios que terás de suportar para o conseguires.
Nunca esperes resposta. Ela surgirá, mas não no tempo nem no modo que imaginas.
O mais excelente da oração é transfigurar quem a faz.
No final, deita o papel fora. Não te preocupes, nem uma letra se perderá.
José Luis Nunes Martins
in: imissio.net 15.03.24
imagem: pexels. om
Metro de Lisboa.
Chego, no meio das pessoas que passam, apressadas, na correria do dia, da vida. Do coração. Olho à minha volta. Há pessoas que conversam. Outras, sozinhas, apenas esperam.
À minha frente, alguém, de costas para mim, vai limpando o rosto. Há lágrimas que teimam em aparecer sem escolher quando nem onde. Ela, sozinha, enquanto espera (ou desespera), vai limpando as lágrimas que teimam em cair.
O metro chega. Entramos as duas. Eu fico junto à porta, ela procura um lugar mais isolado. Talvez só precise de um abrigo. Há silêncio. Pessoas que quase não se olham. Não se vêem. Não escutam o pedido de um abraço dos corações que, muitas vezes, têm ao seu lado. Precisamos tanto de reparar, não precisamos?
A viagem chega ao fim. Ela aproxima-se de mim para sair. Saímos as duas e, enquanto saímos, eu estendo-lhe um post-it. Ela hesita, durante instantes, e aceita-o.
"O teu sorriso é a melhor parte do dia de alguém", lê. Ela, de olhos brilhantes, solta um ligeiro sorriso. Eu sorrio-lhe de volta e sigo o meu caminho, de coração abraçado.
Às vezes, um ligeiro sorriso de um coração que dói, salva o nosso dia também.
É isto: a vida torna-se bonita pelo amor que se vai deixando pelo caminho. E encontrando também.
Pode até nem parecer nada. Mas, às vezes, pode ser tanto. Pode ser tudo. Para alguém. E para nós também.
Daniela Barreira
In: imissio.net 19.02.24
imagem: pexels.com
Nos dias 31 de janeiro a 01 de fevereiro de 2024, na Casa Dom Luciano em Brasília, acontece o Encontro anual da Comissão Episcopal para a Animação Bíblico-Catequética da CNBB. Presente no encontro o Dom Rino Fisichella e Pe. Eugenio Bruno, do Dicastério para a Evangelização. Participam também os bispos referenciais e coordenadores da catequese dos Regionais da CNBB, além do GREBICAT (Grupo de Reflexão Bíblico-Catequética).
Na pauta do encontro os seguintes temas:
- Memória da História Catequese no Brasil (Pe. Janison)
- Apresentação dos projetos da Comissão nacional bíblico-Catequética
- Apresentação da realidade da Catequese no Brasil (por grandes Regiões)
- Diretório para a Catequese
- Ministério do Catequista
O encontro é especial pela participação, análise e orientações de Dom Rino para a Catequese hoje. Além disso destaca-se a partilha fraterna e troca de experiências.
Se procuras ser feliz, então a lógica não é algo por que te devas guiar. O amor, por exemplo, apesar de poder começar ainda um pouco dentro da lógica, segue muito para além dela, acabando tão longe que chega a rir-se do seu começo!
As emoções não são lógicas! A imaginação também não. A única lógica que te pode ajudar é a de que tudo o que há de grande é composto por pequenas partes. A mesma lógica que garante que um grande caminho começa com um simples passo! No entanto, e escapando a todos os raciocínios mais corretos, a verdade é que o teu destino pode ser caminhar sem fim e não ser um lugar a que chegas com um passo final! Isto faz algum sentido? Não!
Os outros costumam ser para nós uma espécie de porta-voz da razão. A inteligência é importante, mas quando é apenas inteligência não é grande coisa!
O pensamento humano é limitado e incapaz de lidar com a verdade mais profunda. Compreender envolve muito mais as emoções do que a razão. Poderá alguém estabelecer o que está certo e errado através de uma fórmula e um cálculo? A felicidade não é contabilidade!
Quem orienta a sua vida pela lógica, acaba a fazer dela uma história sem sentido!
Não tenhas medo do que não tem lógica! A verdade é muito maior do que a nossa capacidade de a entender. Confia. Confia em ti. Confia. De olhos bem abertos, mas também com o coração ao alto!
Não faças o que tem lógica, só por ter lógica, mesmo que isso te pareça fazer sentido!
Sê um exemplo de bravura para os outros. Não sejas mais um dos que defendem a segurança das escolhas lógicas… Confia em quem te pede um conselho e escuta-o, escuta-o, fá-lo falar mais e escuta-o sempre até que nele a lógica comece a não fazer sentido e… o sentido comece a fazer sentido!
Faz o que fizer sentido, mesmo que não te pareça ter lógica!
O sentido da vida não é deste mundo!
José Luis Nunes Martins
In: imissio.net 26.01.24
imagem: pexels.com
Dedicamos muito tempo da nossa vida a lutar contra a escuridão. As tempestades parecem suceder-se ao ponto de, por vezes, nem sabermos sequer se ainda é a mesma. Mas passam. Todas passam. Porque na vida o pouco que fica não é a tristeza.
Sentes-te perdido, mas não estás. A guerra constante contra tudo o que nos rouba a paz que merecemos consome muitas das nossas forças. Sentimo-nos longe de casa, longe do caminho, longe até do que somos.
O sentido da tua vida, mesmo quando estás no meio de uma trovoada, deve ser manteres-te fiel ao que amas e à certeza de que és amado. As tempestades passam, o amor não.
É difícil manter o rumo quando é necessário enfrentar os medos, em direção aos sonhos. Muita gente passa a sua vida a fugir dos medos, deixando que sejam eles, na verdade, a determinar um caminho que não leva a lado algum e que apenas serve para desperdiçar esta preciosa vida que nos foi confiada.
Não te esqueças de ir ao encontro de quem está em dificuldade a fim de o socorrer, animar e proteger. Não desistas dos outros nem de ti. Assume com coragem os teus momentos mais frágeis e pede ajuda. Acredita que pedir ajuda é mesmo o contrário de desistir.
A cada madrugada de bonança na vida agradece o que a tempestade curou e fortaleceu em ti. Algumas vezes terás tido grandes perdas… mas continuas aqui e isso é sinal de que, apesar de tudo, venceste a escuridão.
Em breve, a paz será atacada por mais uma tempestade qualquer e tu terás de decidir mais uma vez se lutas ou não, se acreditas no amor ou se é desta que decides que já não queres ter mais forças…
A tempestade passará. E tu?
José Luis Nunes Martins
In: imissio.net 15.12.2023
imagem: Eugene Delacroix
Terei eu razão para estar triste, se quem amo está feliz?
Qualquer um de nós pode ser bom, mas para amar é preciso ser muito mais do que bom. O amor exige uma entrega completa, sem condições nem contrapartidas. Amar é uma loucura aos olhos da maior parte dos que vivem neste mundo!
Ninguém é capaz de controlar o que acontece na sua existência, menos ainda pode proteger outra pessoa de tudo quanto lhe pode suceder. Amar é viver numa inquietude sem fim por causa de todos os males que podem atacar quem amamos.
Terei eu razão para estar contente por alguma coisa, se quem amo é infeliz?
Há quem julgue que ama e sabe amar ao ponto de não ter dúvidas, e vive tranquilo porque está convencido de que já faz tudo o que é preciso. Ora, isso é um sinal claro de que não ama. Quem ama vive a dúvida de nunca saber se haverá algo mais ou diferente que deva fazer.
Amar é decidir ser instrumento da felicidade alheia. Isso implica combater todos os dias o egoísmo que é natural à nossa condição. O orgulho não faz sentido quando se ama, apesar de ser um sentimento que consideramos normal, justo e importante.
Haverá algum sentido profundo e humano numa vida que, por todos os meios, busca o seu próprio prazer e foge da dor?
Se amas e vives em paz e em contentamento, ou não é amor ou a paz e o contentamento que sentes devem-se à tranquilidade e à alegria de quem amas!
José Luis Nunes Martins
In: imissio.net 8.12.23
A Comissão Episcopal para a Animação Bíblico-Catequética da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) lançou a partir desta terça-feira, 17 de outubro, a pesquisa: “A Catequese, hoje, no Brasil” que tem o objetivo de colaborar para levantar um diagnóstico sobre a catequese a serviço da Iniciação à Vida Crista, hoje, no país.
De acordo com o assessor da Comissão para a Animação Bíblico-Catequética da CNBB, padre Wagner Carvalho, a pesquisa é um instrumento de escuta da Comissão Episcopal para a Animação Bíblico-Catequética da CNBB aos catequistas presentes em todo o Brasil.
O levantamento é direcionado “a todos os que estão empenhados no processo da catequese” no Brasil”. Trata-se de um questionário, organizado na plataforma Microsoft Forms, com 11 blocos de questões que buscam levantar, entre outras, informações sobre a que regional pertencem, idade, escolaridade, como é o envolvimento com a comunidade e como avalia a participação na catequese.
No formulário, a Comissão para a Animação Bíblico-Catequética da CNBB reforça que os dados são anônimos e que não é necessário a identificação para respondê-lo. Participe!
Responda ao questionário: “Catequista, queremos conhecer…”
Não sabemos cuidar do que é nosso. Ou melhor, sabemos cuidar dos nossos. Do que está fora de nós. Colecionamos sacrifícios e malabarismos em prol dos outros. Dos filhos, dos pais, dos irmãos, dos amigos, dos que nos são mais ou menos sangue.
No entanto, quando chega a hora de olharmos para a casa de dentro tudo se descompõe. O que estava desarrumado, desarrumado fica. O que está por amar, por amar fica. O que precisa de ser intervencionado, amputado fica.
Vivemos uma vida profundamente incompleta e nem nos apercebemos. Dedicamo-nos a uma causa com as entranhas acesas e nem duvidamos. Apostamos as fichas todas no cuidado de quem mora conosco, mas não sabemos cuidar da nossa casa. Do nosso coração. Da nossa alma.
De vez em quando, e porque o corpo é sábio, lá vem uma onda desgovernada em forma de calafrio. De gripe. De depressão. De pânico. De pedra na vesícula. De descomando físico. E surpreendemo-nos muito porque até somos vegan. E até fazemos exercício físico. E até bebemos 2 litros de água por dia. Mas deixámo-nos secar por dentro. A nossa criança interior morre à sede. As nossas necessidades espirituais e emocionais pedem esmola. O nosso coração já nem sabe se é órgão ou contorno e esqueleto.
Não vale passar a vida a cuidar dos outros se não soubermos olhar para o que precisamos. Às vezes só precisamos de um copo de água. Ou da alma lavada com a água fria de quem sabe ver e olhar para dentro. Outras vezes precisamos de não estar sozinhos. De ser amados. De ser vistos. De ser respeitados. De que nos digam que estamos no caminho certo. De que nos digam que estamos a fazer o melhor que podemos. Mas a primeira pessoa que deve dizer todas essas palavras-consolo somos nós próprios. Porque enquanto formos órfãos de nós, nunca teremos paz ou pão.
Que nos seja cada vez mais fácil olhar para nós como olhamos para os outros. Que a esperança que depositamos naquilo em que acreditamos nos seja estendida. Que o amor que dedicamos aos nossos seja alargado ao que mora, tantas vezes errante, dentro de nós.
Não te esqueças de ti.
Marta Arrais
In: imissio.net 04.10.23
Gostaria de prestar uma simples homenagem a Dom Eurico que, durante dois mandatos, foi o bispo referencial da catequese no Regional Leste 2 (1990 a 1998). Ele assumiu a catequese logo após Dom Mario Gurgel, então bispo de Itabira-Cel. Fabriciano.
Na linha do seu antecessor, Dom Eurico apoiou e participou ativamente do Instituto Regional de Pastoral Catequética (IRPAC). Fez o curso completo. Acompanhava os alunos e dava suporte à equipe de professores.
Dom Eurico era um defensor da Catequese Renovada que conhecia quase de cor. Ajudou muito a Comissão a defender uma catequese de interação fé e vida. Num momento ainda difícil de se compreender qual o conteúdo da catequese, ele insistia naquilo que o Documento diz: o centro é o anúncio de Jesus Cristo. Por isso, a catequese é cristocêntrica.
Nos Encontros Regionais com Coordenadores Diocesanos de Catequese, também foi presença constante, ajudando na análise da realidade da catequese, incentivando a formação dos catequistas. Com ele, na Comissão, foram produzidos subsídios simples para os catequistas, como o “Pedra em Lapidação, Catequista em formação”.
Depois de atuar especificamente na Comissão de Catequese, Dom Eurico assumiu a então Comissão Regional do Ensino Religioso e Ecumenismo.
Sua grande área de atuação foi o Ensino Religioso Escolar (ERE). Dom Eurico se especializou nisso. Conhecia tudo sobre as leis do ERE e cercou-se de pessoas especialistas em Ensino Religioso. A Comissão liderada por ele teve uma intensa atuação junto à Secretaria de Estado da Educação. Também ajudou outras Igrejas Cristãs na compreensão da especificidade do ERE.
Teria muito mais coisas a dizer sobre Dom Eurico, um bispo simples, desvestido de qualquer formalidade. Seu rosto sério nos enganava, pois, seu sorriso farto revelava sua alegria e bom humor, um coração aberto. Fez a diferença onde atuou.
Lucimara Trevizan
Comissão para Animação Bíblico-Catequética do Regional Leste 2 (Minas Gerais)
(Dom Eurico faleceu em Juiz de Fora-MG no dia 30 de setembro de 2023)
Ninguém se cura sozinho. Ninguém ultrapassa as tempestades, os barcos revirados, a água que se engole ou o vento cortante sem a ajuda de ninguém. O processo de cura de cada um, ainda que profundamente individual e altamente solitário, é (ainda) um processo de comunidade. De partilha profundíssima capaz de revolver crenças, raízes e, até, a própria alma. É sobre estas pessoas que vale a pena falar. Sobre os que nos mudam a vida para melhor, sem contrapartidas e, tantas vezes, com prejuízo pessoal.
Este texto é para quem não se assusta com a nossa escuridão.
Para quem entra no barco, segura nos remos e diz: “vamos por aqui”.
Para quem nos acende a luz de dentro com a sua.
Para quem vem para ficar.
Para quem nos diz o que precisamos de ouvir.
Para quem nos mostra o que precisamos de ver.
Para quem nos revela as fotografias da alma, que nem sabíamos que existiam, algures por ali.
Para quem é genuinamente bom.
Para quem luta do lado do Bem.
Para quem se atreve a ficar connosco quando somos pouco, fazemos pouco e sabemos ainda menos.
Para quem nos segura o leme quando a nossa vida é um navio prestes a embater no maior iceberg.
Para quem não desiste de nós e não se perturba pelas nossas fragilidades.
Para quem nos encontra a meio caminho.
Para quem reza por nós.
Para quem se preocupa.
Para quem cuida de nós com o carinho que nem sempre merecemos ou sabemos retribuir.
Que saibamos cuidar das nossas pessoas-leme. Das nossas pessoas-resgate. Que vêm para nos mostrar que o Bem há de ganhar sempre. Seja qual for o mal que nos apareça.
Marta Arrais
In: imissio.net 20.09.23
Imagem: pexels.com
O amor é firme, paciente e tranquilo. Aprende-se a amar e a humildade de nunca se dar por satisfeito é a razão pela qual não tem fim. Aqueles a quem amamos vão tendo necessidades diferentes, pelo que para ir ao seu encontro devemos estar atentos a eles, mais do que à nossa forma de amar.
O amor é a resposta à vida. Só existe por ela e para ela, portanto, deve acompanhá-la sempre, adaptando-se a cada dia, a cada paisagem e a cada falta. O amor compensa todas as perdas porque é infinito e eterno, assim confiemos e nos entreguemos a ele.
Os males aprendem-se sem mestre e são muito mais difíceis de perder que os bens, para os quais é sempre preciso que a vontade esteja disposta a alguns sacrifícios. O sacrifício mais comum que o amor nos propõe é o abandono de nós mesmos e dos nossos desejos mais superficiais. É preciso renunciar ao poder e à vontade de dominar para servir, amando, aqueles de quem queremos ser instrumentos de alegria e felicidade.
Encontrar uma pessoa que ame é muito raro. Muitos são os que falam sobre o amor, mas falta-lhes sempre a consciência do que é a existência. Julgamo-nos quase sempre como estando e sendo acima dos outros, com feridas sempre mais dolorosas que os demais, com tragédias profundas e sonhos que, com injustiça, nunca se cumpriram… enfim, somos vítimas do que está à nossa volta. Ora, o amor não é algo que desça sobre nós e nos acerte como uma seta de um qualquer arqueiro divino. Isso é paixão e passa quase sempre muito depressa. O amor decide-se, é uma resposta voluntária e consciente cuja prática se deve renovar através de ações concretas a cada dia, ainda que depois de assim ter sido durante muitos anos até aí.
Não se ama de um momento para o outro. O amor faz-se grande através daquelas quase infinitas pequenas coisas que fazemos mesmo sem testemunhas, da mesma forma que as faríamos diante de uma multidão.
O amor aprende-se e precisa que quem é amado se abra um pouco, para dar algum sinal sobre aquilo que julga precisar para ser feliz.
Amar é uma decisão que exige um esforço da vontade e que se deve concretizar numa infinidade de obras, belas, verdadeiras e úteis.
Nada falta a quem ama, porque só o amor é o bastante.
José Luis Nunes Martins
In: imissio.net 01.09.23
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